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4 Iyyar 5784 | 12 maio 2024

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Ed. 118

Carta do leitor

ANO XXIX
N. 118
abril 2023
CARTA AO LEITOR: ANO XXIX N.118 abril 2023

A véspera de Pessach deste ano marcará o 80º aniversário do Levante do Gueto de Varsóvia. Em 19 de abril de 1943 – dia 14 do mês hebraico de Nissan – os 750 jovens do Gueto de Varsóvia iniciaram seu ato final de resistência armada contra a Alemanha Nazista, comandados por Mordechai Anielewicz. Apesar de seu reduzido armamento, resistiram por quase um mês. Foi a maior e, simbolicamente, a mais importante revolta judaica durante a 2a Guerra Mundial e inspirou outros atos de resistência judaica em outros guetos e campos de concentração.

É impressionante que esse Levante tenha se iniciado na véspera de Pessach – a festa que comemora a libertação dos Filhos de Israel da escravidão egípcia. O tema central de Pessach é a liberdade: a redenção dos Bnei Israel e o início de sua jornada rumo à Terra Prometida.

O Levante do Gueto de Varsóvia foi um divisor de águas na história judaica. Não podemos deixar de ficar maravilhados com a coragem dos heróis que enfrentaram a Alemanha Nazista – com mais bravura e resiliência do que muitas nações. Embora os nazistas tenham liquidado o Gueto, não conseguiram esmagar o espírito de Mordechai Anielewicz e de seus companheiros. Soren Kierkegaard escreveu: “O tirano morre e seu reinado acaba; o mártir morre e seu reinado começa”. A Alemanha Nazista representa o capítulo mais vergonhoso da história humana. Já o legado dos mártires do Gueto de Varsóvia continua a moldar a História Judaica, especialmente o espírito de bravura do Estado de Israel e de suas forças armadas.

O Holocausto, capítulo mais sombrio da história, compartilha alguns pontos em comum com a história de Pessach: exílio, escravidão, tortura, genocídio, a destruição dos tiranos e o retorno do Povo de Israel à Terra de Israel. A Hagadá de Pessach se inicia contando como nossos ancestrais foram escravos no Egito. No início do Seder, mergulhamos o karpás – um pedaço de salsão – em água salgada: essa verduralembra os chicotes usados ​​para torturar os judeus, e a água salgada simboliza as lágrimas que derramaram. Os dois principais alimentos do Seder são a Matzá – o pão da pobreza – e o Maror – a alface amarga que simboliza o sofrimento de nossos antepassados. No entanto, o Seder de Pessach é um ritual alegre, uma cerimônia profundamente mística que celebra a liberdade judaica e a gênese dos Filhos de Israel como nação. Durante o Seder, sentamo-nos reclinados e fazemos uma refeição suntuosa – símbolos de liberdade e nobreza na antiguidade. Agradecemos a D’us por Seus milagres, e concluímos a cerimônia recitando o Halel, que significa “louvor”. O Seder é uma ocasião festiva, apesar de todo o sofrimento judaico porque a história começa com escravidão e sofrimento e termina com a liberdade.

Após o Holocausto, o Povo Judeu finalmente realizou seu sonho de dois mil anos: retornou à Terra de Israel – sua antiga e eterna pátria. Hoje, 80 anos depois do Levante do Gueto de Varsóvia, nosso povo não mais se encontra indefeso. Muito pelo contrário: construiu um país moderno, poderoso e próspero. Fundado cinco anos após a Revolta do Gueto, hoje Israel, aos 75 anos, reflete o heroísmo, a coragem, a força e a resiliência de Anielewicz e seus bravos companheiros. Estamos aqui hoje – mais fortes do que nunca – graças ao legado de coragem e força dos incontáveis ​​heróis e mártires que deram sua vida – para que o Povo Judeu não deixasse de existir.

No entanto, nem o estabelecimento do Estado de Israel nem as realizações extraordinárias do Povo Judeu podem compensar o sofrimento do Holocausto. Na história de Pessach, os grandes milagres foram o que tornou a data uma ocasião feliz, apesar do sofrimento de nossos irmãos no Egito. Da mesma forma, apenas a Redenção Messiânica – e todas as suas maravilhas – poderá consolar nosso povo pelo extermínio de dois-terços dos judeus europeus. D’us nos prometeu por meio de Seu profeta: “Como nos dias em que saíste do Egito, mostrarei a eles maravilhas” (Miquéias 7:15). Nossos Sábios ensinam que essas maravilhas, que darão início a uma era universal de paz, alegria e prosperidade, serão incomparavelmente mais significativas do que os milagres que D’us realizou no Egito.

A libertação do Povo de Israel do Egito, que celebramos em Pessach, ocorreu no mês hebraico de Nissan – cujo nome advém da palavra hebraica Nêss – milagre. Esta festa é, portanto, não apenas a celebração de um passado glorioso, mas também um vislumbre de um futuro brilhante.

Pessach Casher ve-Sameach!

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