Carta do leitor

No 5º dia do mês hebraico de Iyar – que, neste ano, correspondeu à noite de 25 de abril e ao dia 26 de abril – o Estado de Israel celebrou o Yom Haatzmaut (Dia da Independência), comemorando seu 75º aniversário.

Há apenas 80 anos, o Povo Judeu enfrentou o ponto mais sombrio de sua história: o extermínio de dois terços de todos os judeus europeus pela Alemanha nazista e seus colaboradores. Sobre as cinzas do Holocausto, o Povo Judeu se reergueu e construiu um país em sua antiga terra natal.

David Ben-Gurion, primeiro-ministro do Estado de Israel, afirmou de forma célebre: “Em Israel, para ser realista, é preciso acreditar em milagres”. Antes da declaração de independência, em 1948, os generais de Israel o alertaram que havia apenas 50% de chance de sobrevivência. Ninguém poderia prever que, em menos de um século, o Estado de Israel se transformaria no país moderno que é hoje.

O ressurgimento do Estado Judeu na antiga e eterna pátria do Povo Judeu é um dos exemplos de milagres modernos. Igualmente miraculoso foi o extraordinário desenvolvimento que o país vivenciou ao longo das últimas décadas. Israel, hoje, é economicamente mais próspero do que muitas nações europeias.

Ao celebrarmos os 75 anos de existência do Estado de Israel, não podemos deixar de nos maravilhar com a forma como o país triunfou diante de tantas adversidades. Atualmente, Israel é reconhecido por ter uma das forças armadas mais poderosas do mundo. Suas conquistas militares são lendárias: a Guerra dos Seis Dias, o Mossad e a tecnologia militar desenvolvida pelo país, incluindo o Domo de Ferro – o sistema antimísseis que vários países, entre os quais os Estados Unidos, desejam adquirir.

A transformação do deserto em um pomar foi mais um dos grandes milagres realizado em Eretz Israel. Antes do retorno do Povo Judeu à Terra de Israel, além de possuir poucos recursos naturais o território era composto de pântanos e desertos, enfrentava secas, a população local vivia na pobreza e era assolada pela malária e outras doenças.

Hoje, Israel é reconhecido por suas exportações agrícolas e se destaca também por seus avanços tecnológicos.
O país possui mais startups “unicórnio” de tecnologia do que todo o restante do Oriente Médio, sendo um dos dois principais centros tecnológicos do mundo, juntamente com o Vale do Silício. O crescimento econômico de Israel tem sido extraordinário, tendo
o seu PIB real per capita aumentado 34% desde 2009.

Israel é uma nação milenar, localizada no centro espiritual do universo, e, ao mesmo tempo, um país jovem e moderno com uma democracia sólida, sinônimo de inovação e empreendedorismo. Isto sem falar no alto número de cientistas israelenses que ganharam Prêmios Nobel em anos recentes.

As realizações do Estado de Israel nos últimos 75 anos são notáveis, especialmente diante dos inúmeros desafios enfrentados por seus habitantes: escassez de recursos naturais, guerras, terrorismo persistente e a absorção de milhões de imigrantes, incluindo centenas de milhares de judeus expulsos de países árabes e aproximadamente um milhão de imigrantes judeus oriundos da ex-União Soviética e da Etiópia.

Ao celebrarmos os 75 anos de independência do Estado de Israel, nós, o Povo Judeu, temos muito a agradecer. Agradecemos ao Eterno por Seus milagres, especialmente por cumprir Suas promessas de nunca abandonar nosso povo e trazê-lo de volta à sua antiga terra ancestral. Agradecemos aos pioneiros judeus que desenvolveram a Terra de Israel. Agradecemos aos soldados que sacrificaram e continuam a sacrificar sua vida para que o Povo Judeu possa viver com segurança em sua terra. E prestamos homenagem aos mais de seis milhões de mártires que foram exterminados no Holocausto. Eles sempre serão uma fonte inesgotável de inspiração, lembrando-nos da razão pela qual os judeus nunca mais devem se encontrar desabrigados e indefesos.

Apesar de Israel enfrentar constantes ameaças, hoje podemos afirmar que o sonho de Theodor Herzl, pai do Sionismo moderno, tornou-se realidade. Como disse Herzl, “Im Tirzu Ein Zó Agadá”, ou seja, “Se assim o quiserem, não será um sonho”. Hoje, 75 anos após sua fundação, o Estado de Israel deixou de ser um sonho.

É uma realidade pujante!