Elul é Tempo de Teshuvá com Amor e Temor
Nossos Sábios ensinam que o mês de Elul é dedicado à teshuvá — retorno a D’us — feita tanto com amor quanto com temor. O versículo “Ani ledodi vedodi li” (“Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” – Shir Hashirim 6:3) é tradicionalmente associado a Elul, simbolizando a proximidade especial entre D’us e o Povo Judeu. Ao mesmo tempo, o toque diário do shofar desperta o coração para a responsabilidade e o julgamento de Rosh Hashaná. Assim, Elul une dois movimentos essenciais: aproximar-se de D’us com amor e com reverência, preparando-se para os Dias Temíveis.
O Shofar em Elul Desperta para a Teshuvá
Durante o mês de Elul, é costume tocar o shofar todos os dias (exceto em Shabat e na véspera de Rosh Hashaná). O som do shofar é um chamado espiritual que desperta o coração do Povo Judeu para a teshuvá (retorno a D’us) e lembra da proximidade do julgamento em Rosh Hashaná. Esse costume reforça o caráter singular de Elul como tempo de misericórdia e de preparação para os Dias Temíveis de Tishrei.
Elul é o Mês da Misericórdia e do Perdão
Nossos Sábios ensinam que os quarenta dias que vão de Rosh Chodesh Elul até Yom Kipur são dias de misericórdia e perdão Divino. Foi nesse período que Moshe Rabenu subiu ao Monte Sinai pela terceira vez e, ao descer em Yom Kipur, trouxe as segundas Tábuas da Lei e a notícia de que D’us havia perdoado o Povo de Israel pelo pecado do Bezerro de Ouro. Desde então, Elul é considerado um tempo especialmente propício para teshuvá (retorno a D’us), tefilá (oração) e tzedaká (caridade).
Elul é Acrônimo de Teshuvá, Tefilá e Tzedaká
Os Sábios ensinaram que o nome Elul (אלול) é um acrônimo de versículos da Torá e dos Profetas que aludem à teshuvá (retorno a D’us), tefilá (oração) e tzedaká (caridade). Um deles é o versículo de Shir Hashirim: “Ani ledodi vedodi li” — “Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” (Shir Hashirim 6:3), que simboliza a proximidade especial entre D’us e o Povo Judeu nesse mês. Assim, Elul é um tempo para intensificar boas ações, preparar o coração e fortalecer o vínculo com o Criador antes dos Dias Sagrados de Tishrei.
O Primeiro Verso da Torá Ensinado a uma Criança
De acordo com a halachá, quando uma criança começa a falar, deve ser ensinada a recitar o versículo completo: “Torá tzivá lánu Moshe, morashá kehilat Yaakov” — “A Torá nos foi ordenada por Moshe, herança da congregação de Yaakov” (Devarim/Deuteronômio 33:4). Esse costume, registrado no Shulchan Aruch, o Código da Lei Judaica, ensina que a Torá não é apenas um estudo para a vida adulta, mas o alicerce da identidade judaica desde o início. Esse versículo destaca que a Torá é a herança pessoal de cada judeu, independentemente da idade ou origem.
O Brit Milá constitui um mandamento fundamental do Judaísmo
A mitzvá da circuncisão — brit milá — foi o primeiro mandamento dado ao Patriarca Avraham e vem sendo cumprida fielmente há mais de 3.700 anos. Realizada no oitavo dia de vida, simboliza a aliança eterna entre D’us e o Povo de Israel. Mesmo em tempos de perigo ou perseguição, judeus arriscaram suas vidas para cumprir essa mitzvá, testemunhando sua centralidade na identidade e na continuidade do Judaísmo.
A Tzedaká Vai Muito Além da Caridade
A mitzvá da tzedaká deve ser cumprida com dignidade e compaixão. Maimônides descreve oito níveis de doação, que vão do mais baixo — dar com relutância — ao mais elevado: ajudar alguém a tornar-se autossuficiente. A doação anônima também é muito valorizada, pois preserva a dignidade de quem recebe. Ao se referir a ajudar os necessitados, a Torá usa a palavra tzedaká, que significa “justiça” ou “retidão”, e não apenas “caridade”. Ajudar os outros não é opcional — é parte essencial da construção de uma sociedade justa e santa.
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