Sucot é chamada na Torá de Zman Simchatenu — “o tempo da nossa alegria”. Diferente de outras festas, nas quais a alegria é um componente, em Sucot a alegria é a própria essência. No Beit Hamikdash, acontecia a famosa celebração do Simchat Beit Hashoevá, quando a água era extraída do poço de Shiloach e a oferenda acompanhada de música, dança e júbilo. Os Mestres Chassídicos explicam que essa alegria não era apenas uma emoção passageira, mas uma revelação espiritual profunda, capaz de trazer inspiração para todo o ano. Até hoje, comunidades judaicas em todo o mundo realizam celebrações de Simchat Beit Hashoevá durante Sucot, mantendo viva essa tradição de alegria sagrada.
Durante os Dez Dias de Teshuvá, há o costume de intensificar a recitação de Tehilim (Salmos), especialmente em Yom Kipur, quando muitos passam horas entoando seus versos. Os Mestres Chassídicos explicam que os Salmos tocam a essência da alma porque foram compostos pelo Rei David com devoção absoluta. Por isso, mesmo uma pessoa simples, ao recitar Tehilim, desperta em si uma conexão profunda com D’us, comparável à de um tzadik. Em Yom Kipur, essa prática ganha ainda mais força, elevando as orações e reforçando o clima de sinceridade e esperança que marca o dia.
Em Yom Kipur, há o costume de vestir roupas brancas, muitas vezes um kitel (túnica branca) usado pelos homens casados. A cor branca simboliza pureza, perdão e renovação espiritual, lembrando o versículo: “Ainda que os vossos pecados sejam como escarlate, se tornarão brancos como a neve” (Yeshayahu 1:18). Os Mestres Chassídicos explicam que, ao vestir o branco, a pessoa demonstra confiança na misericórdia Divina e no poder da teshuvá para transformar até mesmo as falhas em méritos. Esse costume transmite a mensagem de que Yom Kipur não é apenas um dia de arrependimento, mas também de esperança e de possibilidade de recomeço.
Durante os Dez Dias de Teshuvá, entre Rosh Hashaná e Yom Kipur, acrescentam-se trechos especiais às preces diárias, como “Zochreinu lechayim” — “Lembra-nos para a vida”. Esses acréscimos refletem a consciência de que, nesse período, o julgamento Divino está em andamento. Os Mestres Chassídicos explicam que tais palavras não são apenas súplicas, mas também declarações de fé: reconhecemos que a verdadeira vida vem da ligação com D’us. Assim, mesmo pequenas adições às orações diárias durante esses dias tornam-se expressões de um coração desperto, fortalecendo a preparação espiritual para Yom Kipur.
Na conclusão de Yom Kipur, após o toque final do shofar, há o costume de desejar imediatamente uns aos outros: “L’shaná habaá biYerushalayim habenuyá” — “No próximo ano em Jerusalém reconstruída”. Esse costume expressa a esperança coletiva pela redenção e pela reconstrução do Beit Hamicdash. Os Mestres Chassídicos explicam que, depois de um dia inteiro de pureza e elevação espiritual, o Povo de Israel sai de Yom Kipur não apenas limpo de pecados, mas renovado em sua fé na vinda de Mashiach. Assim, Yom Kipur termina não como uma despedida, mas com um olhar confiante e vivo para a geulá (redenção).
O Jejum de Guedália, observado em 3 de Tishrei, relembra o assassinato de Guedália ben Achikam, nomeado governador da Judeia após a destruição do Primeiro Templo. Sua morte provocou a dispersão final dos judeus que haviam permanecido em Israel, transformando aquele dia em um marco de luto nacional. Os Mestres Chassídicos explicam que este jejum traz também uma lição espiritual: a discórdia e o ódio infundado podem destruir até mesmo o que sobrevive a grandes tragédias. Por isso, o jejum inspira a prática da unidade e do amor ao próximo, preparando o coração para o serviço espiritual de Yom Kipur.
Em Rosh Hashaná, é costume dedicar tempo ao estudo da Torá entre as orações e a refeição festiva. Muitos costumam ler capítulos de Tehilim (Salmos), pedindo misericórdia e bênçãos para o novo ano. Os Mestres Chassídicos explicam que a Torá estudada nesse dia possui um impacto espiritual único: assim como o som do shofar desperta a essência da alma, o estudo da Torá fortalece o vínculo consciente entre a pessoa e D’us. Por isso, cada palavra de Torá recitada em Rosh Hashaná é considerada uma fonte de proteção e de mérito para todo o ano que se inicia.
Durante Rosh Hashaná, existe o costume de realizar o Tashlich, indo até um rio, lago ou fonte de água corrente com peixes para recitar preces especiais, simbolizando o ato de lançar os pecados nas águas. Além do significado de pureza e renovação, a água lembra a misericórdia infinita de D’us, que acolhe a teshuvá sincera de cada pessoa. Os Mestres Chassídicos acrescentam que a água corrente representa vitalidade espiritual: assim como a água flui sem cessar, a pessoa deve buscar crescimento contínuo, renovando sua ligação com o Criador no início do novo ano.
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Acendimento das velas