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7 Kislev 5785 | 08 dezembro 2024

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setembro 2018
Ed. 101

Carta do leitor

ANO XXV
N. 101
setembro 2018
CARTA AO LEITOR: ANO XXV N.101 setembro 2018

Um dos principais temas da festa de Rosh Hashaná, Ano Novo Judaico, é o Shofar, que se tornou o próprio símbolo da festividade e constitui seu principal mandamento. De acordo com Maimônides, nosso maior filósofo e um dos grandes legisladores da Torá, o Shofar é um despertador de D’us para todos nós, transmitindo a mensagem de que devemos sair da letargia e atentar para as possibilidades que D’us nos concede e assim contribuir ao mundo. Por meio dos toques do Shofar, D’us nos conclama a consertar este mundo fraturado.

Rosh Hashaná é o início do ano judaico e também o aniversário da humanidade. Um dos principais temas da festa é o fato de que o ser humano é o centro da Criação. A Torá nos ensina que entre todas as obras de D’us, somente o homem foi criado à Sua imagem. Significa que ao homem foi dado um poder Divino: o livre arbítrio. Nem os animais e nem mesmo os anjos mais elevados receberam tal dádiva.

Este dom foi o maior presente de D’us para o homem. O livre arbítrio faz com que o ser humano se assemelhe ao seu Criador, pois lhe dá a liberdade de ser dono de seu destino e a oportunidade de influenciar o curso do mundo. Contudo, isto representa ter poder, e ter poder significa ter grandes responsabilidades. Graças ao livre arbítrio que D’us nos confiou, podemos tanto ser construtores quanto destruidores de mundos.

Permite-nos, também, elevar-nos espiritualmente aos mais altos níveis ou afundar-nos aos níveis mais baixos. Na Torá e ao longo da História, houve inúmeros homens e mulheres que superaram enormes obstáculos e se tornaram gigantes espirituais. Por outro lado, houve filhos de reis e profetas e justos que, a despeito de sua família, berço e educação, optaram por se afundar, moral e espiritualmente.

Já que apenas o homem foi agraciado com o livre arbítrio, apenas ele é responsabilizado por suas decisões e ações. Rosh Hashaná, o aniversário da humanidade, é também o Dia do Julgamento: data em que D’us convoca o ser humano a prestar contas de quão bom uso ele fez do dom Divino do livre arbítrio.

Em Rosh Hashaná, diferentemente de Yom Kipur, não se mencionam erros, pecados ou transgressões. Antes de bater no peito e confessar uma longa lista de transgressões, o homem deve primeiro prestar contas a D’us acerca das decisões que tomou por meio do livre arbítrio que lhe foi concedido. E um dos motivos para o fato de Rosh Hashaná anteceder Yom Kipur é que as grandes decisões precisam ser tomadas antes de se lidar com os detalhes.

 

Na tradição judaica, a data dos aniversários não é um dia de festejos, com bolo e velas, mas um dia de exame de consciência e de uma prestação espiritual de contas. Da mesma forma, Rosh Hashaná, o aniversário do homem, é o dia em que a humanidade deve fazer uma avaliação honesta de quão bem está cuidando do mundo que D’us nos confiou.

Rosh Hashaná é tanto uma festa alegre como um dia que deve invocar sentimentos de reverência, pois é a data em que D’us julga o mundo, individual e coletivamente. Mas Maimônides nos ensina que D’us considera o conjunto da obra. Se a maioria de nossos atos foram benéficos e de boa fé, seremos julgados favoravelmente. Além disso, em Rosh Hashaná, o Todo Poderoso, que conhece os segredos de todos os corações, leva em conta nossas boas intenções e resoluções para o ano que se iniciou.

Assim sendo, fazemos votos de que D’us nos conceda sabedoria, força e compaixão para que, em Rosh Hashaná, tomemos boas decisões e resoluções – para o nosso bem e para o bem de nossa comunidade, de nosso país e do mundo como um todo.

Shaná Tová Umetucá!

Um ano bom e doce para todos!

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