Na primeira metade do século passado, raros judeus impactaram os rumos de seu povo como Vladimir Jabotinsky. Grande escritor, grande orador, grande político, era ativista nato e expoente da combativa comunidade judaica de Odessa, na Rússia. Ele foi o formulador do Sionismo Revisionista, uma doutrina que permanece viva e seu nome é alvo de contínua reverência.

Por Zevi Ghivelder

O ano de 2025 assinala o 130º aniversário da publicação do livro O Estado Judeu, uma obra seminal de Theodor Herzl, nascido na Hungria, em 1860, e o centenário do lançamento da teoria revisionista do Sionismo, formulada por Jabotinsky, nascido na Rússia, em 1880. Estes dois maiores expoentes do Sionismo político foram liberais no sentido clássico, tendo sido defensores da livre iniciativa, do livre mercado e da propriedade privada como atributos essenciais para o desenvolvimento social e econômico de uma futura pátria do Povo Judeu, ao mesmo tempo em que ressaltavam a importância de ser sempre cultivado o sentimento da solidariedade em todos os segmentos das comunidades judaicas. Nenhum dos dois era religioso, mas ambos clamavam pela primazia da manutenção e incrementação dos valores éticos e morais do Judaísmo como baluartes da nação soberana que viesse a existir.

O PERFIL

Vladimir (Zeev, seu nome em hebraico) Jabotinsky  nasceu em 17 de outubro de 1880, em uma família judia de classe média, na cidade russa de Odessa, na Crimeia banhada pelo mar Negro. Aos 18 anos, deixou Odessa para estudar Direito na Itália e na Suíça, onde também atuou como correspondente estrangeiro para vários jornais russos. Seus competentes artigos concorreram para que se tornasse conhecido e admirado. Seus textos eram assinados com o pseudônimo literário Altalena.

Zeev retornou à Odessa em 1901 para trabalhar na redação de um jornal, mas o pogrom desferido contra os judeus em Kishinev, em 1903, estimulou-o a empreender seu ativismo sionista. Embora admitisse não ter mantido contatos estreitos e contínuos com o Judaísmo na juventude, assumiu um papel de liderança na organização das unidades de autodefesa judaica em Odessa. Em seguida, viajou pela Rússia, incentivando a criação de dezenas de unidades com semelhante estrutura defensiva. Foi eleito delegado para o sexto Congresso Internacional Sionista, realizado na Basileia, Suíça, quando ficou fascinado pelo líder Theodor Herzl, tornando-se seu seguidor com transbordante fervor. Nos anos seguintes, atuou na disseminação da língua e da cultura hebraica na Rússia,  logo se tornando o mais requisitado palestrante e mais aclamado jornalista na esfera sionista do país. Após a eclosão da 1ª Guerra Mundial, em 1914,  partiu para a frente de guerra como correspondente de um importante jornal liberal de Moscou. Foi parar em Alexandria, no Egito, onde se concentravam milhares de judeus deportados da Palestina pelas autoridades otomanas. Lá conheceu o grande pioneiro Yossef Trumpeldor  (1880-1920) e juntos trabalharam para o estabelecimento de uma força militar que deu origem à Legião Judaica.  Seguiu para Londres, onde se empenhou para que a Legião fosse incorporada às forças militares britânicas e, ao mesmo tempo, reconhecida no âmbito internacional. Este sentimento se deu, em agosto de 1917, com a criação da primeira Legião Judaica. Jabotinsky nela serviu como tenente e participou de combates para libertar a Palestina do domínio turco.

Durante Pessach de 1920, liderou a organização de defesa  Haganah,  em Jerusalém, que foi bem-sucedida no enfrentamento a sucessivos motins árabes. Por ter participado de uma organização militar clandestina, foi condenado pelo governo mandatário britânico a 15 anos de prisão. Por causa da indignação pública contra o veredito, recebeu anistia e foi libertado da prisão de Acre. No ano seguinte, serviu como membro do Executivo Sionista. Após desentendimentos com a direção do movimento, dele se separou e, em 1925, estabeleceu a União dos Sionistas-Revisionistas, que exigia o estabelecimento imediato de um Estado Judeu no território sob Mandato Britânico, lutando até mesmo num contexto armado, se necessário. Dois anos antes já havia fundado o movimento juvenil Betar, destinado a educar os membros de seu contingente na assimilação de sólidos princípios nacionalistas.

De 1928 a 1929, fixou residência na Palestina britânica e editou o diário hebraico Doar Hayom, enquanto, ao mesmo tempo, incrementava sua crescente atividade política. Partiu para uma turnê de palestras em cidades europeias ao cabo das quais os mandatários britânicos proibiram seu retorno a Tel Aviv. A partir de então, passou a viver na Diáspora. Impressionado pela ascensão de Hitler, se dedicou a conclamar um boicote judaico contra a Alemanha, mas fracassou nessa iniciativa por falta de apoio. Em 1935, após o Executivo sionista rejeitar seu programa no sentido de definir que o objetivo do Sionismo era a implantação  imediata de um Estado Judeu contra tudo e contra todos, Jabotinsky decidiu renunciar ao movimento sionista oficial. Incrementou o Revisionismo focado em crescentes atividades políticas.

Em 1937, consolidou a organização Irgun Tzvai Leumi, que se tornou o braço militar do seu movimento, também incumbida de fretar navios clandestinos com a missão de levar judeus fugitivos do nazismo para a Palestina britânica. Muitas vezes essas embarcações conseguiram burlar o bloqueio naval existente ao longo da costa do território sob mandato.

Enquanto isso, continuou a escrever romances, contos e artigos sobre política e problemas sociais e econômicos. Entre suas criações literárias, A Legião JudaicaPrelúdio a Dalila  e Os Cinco serviram de inspiração para os judeus do mundo inteiro.

Jabotinsky era fluente em muitos idiomas e traduziu para o hebraico alguns clássicos da literatura mundial. De 1939 a 1940, atuou na Inglaterra e nos Estados Unidos na esperança de estabelecer um exército judeu para lutar ao lado dos Aliados contra a Alemanha nazista. Em Nova York, consolidou o movimento revisionista, esteve presente em noites de autógrafos de seus livros traduzidos para o inglês e proferiu muitas palestras. Foi sempre acompanhado por um jovem que se voluntariou como seu secretário, chamado Bentsion Netanyahu, que se tornou importante historiador e que teve três filhos: Yonatan “Yoni” Netanyahu, herói que deu a vida à Operação Entebbe; Iddo, médico e dramaturgo israelense; e Benjamin “Bibi” Netanyahu, atual primeiro-ministro de Israel.

No dia 4 de agosto de 1940, durante uma visita a um campo de treinamento do Betar, sofreu um maciço ataque cardíaco e faleceu. Em seu testamento, solicitou que fosse sepultado na Terra de Israel. Seus restos mortais repousam no Monte Herzl, em Jerusalém.

A DOUTRINA

Na condição de fundador do Movimento Revisionista do Sionismo, em 1925, Zeev Jabotinsky via a si próprio como um legítimo continuador do Sionismo político de Herzl. Propunha de forma objetiva o estabelecimento de um Estado judaico como solução para os problemas cruciais e vitais enfrentados pelos judeus na Europa Oriental. Influenciado pelas correntes nacionalistas que ganhavam consistência e somavam adeptos na Europa, participou, na Finlândia, das reuniões de um comitê internacional. Este discutia as condições de vida das diversas minorias existentes em diversos países europeus, nas quais apoiou a instituição de uma autonomia cultural e linguística para as minorias que habitavam a Rússia, com ênfase na situação específica da opressão exercida sobre os judeus. Apoiou o tema geral da justiça distributiva das riquezas das nações e estendeu tal conceito de justiça para as possíveis futuras relações entre judeus e árabes na terra de Israel.

Jabotinsky considerou muito importante o tema da necessidade de proteger o individualismo, já que “cada indivíduo é um rei”. Endossou os movimentos sindicais emergentes na Europa, que deveriam ser parte das cadeias produtivas das economias, sempre obedecendo aos princípios da concorrência leal, ao mesmo tempo em que vislumbrou um sistema de arbitragem que deveria ser implantado pelos mais diversos sistemas de governo. Dedicou especial atenção ao que denominou de regime de absorção, ou seja, o acolhimento de massas de imigrantes oriundos dos países mais carentes e, assim, visando à futura imigração para o Estado Judeu.

Em sua essência, a doutrina de Jabotinsky propunha um Estado judaico dotado de bem-estar social e com estrutura liberal. A rigor, dava seguimento ao caminho traçado por Herzl desde o primeiro Congresso Internacional Sionista, realizado em 1897. Em seus escritos acentuou os passos a serem percorridos antes do  estabelecimento do Estado, enfatizando a necessidade de arrecadação de fundos destinados à viabilização de um futuro Estado Judeu.

Expôs que, depois da restauração da pátria ancestral judaica, o caminho natural seria a abordagem dos problemas internos de justiça social, nos moldes das social-democracias da Europa Ocidental. Observou que uma vez estabelecido, o Estado teria a obrigação de garantir a seus cidadãos as necessárias condições para o fortalecimento da dignidade individual. Embora tivesse margeado o anarquismo quando jovem, Jabotinsky sempre deu atenção às questões sociais, mas rejeitou de forma irredutível as proposições marxistas e se insurgiu contra o conceito da união de todos os trabalhadores do mundo. Essa postura se materializou na contestação das ideias do pensador russo Ber Borochov (1881-1917), que havia formulado o arcabouço do Sionismo socialista, que se tornou a corrente majoritária no movimento sionista daquela época.

Jabotinsky elaborou o conceito de justiça social, que não se relacionava com as questões inerentes às condições dos trabalhadores. Julgou imprescindível dar às pessoas condições mínimas para o atendimento de suas necessidades, reduzidas em cinco pontos básicos que o Estado se obrigaria a oferecer: alimentação, moradia, vestuário, ensino e saúde. Explanou que durante o período de construção do Estado Judeu, não seria admitida uma luta de classes, através da imposição de acordos e arbitragens para a resolução de eventuais conflitos do trabalho. Com vistas ao futuro, insistiu no desenvolvimento dos assentamentos judaicos que deveriam se preparar para a absorção de imigrantes, de modo a criar uma maioria demográfica judaica no futuro país soberano.

Desde a criação de seu movimento Revisionista, Jabotinsky se opôs ao Socialismo. Avaliou os problemas sociais na esfera das camadas dos mais pobres, não necessariamente atreladas às classes trabalhadoras.  Foi contra as soluções propostas pelos socialistas: “Eles pensavam na mudança de toda a estrutura econômica, em vez de pensar no ponto de fato principal: a eliminação da pobreza”.

Zeev Jabotinsky foi um ardoroso defensor do conceito do Grande Israel, uma expressão que no decorrer dos séculos tem abrigado significados bíblicos e políticos para se referir às fronteiras históricas, ou desejadas, de Israel.  A Torá contém diferentes definições geográficas referentes à Terra de Israel.  Jabotinsky sempre se ateve à sustentação bíblica segundo a qual o referido território é uma herança dada por D’us ao Povo Judeu. Este conceito, conforme propôs, tem como base as Escrituras Sagradas e está nitidamente expresso em passagens do Êxodo, Números, Deuteronômio e também nos  ensinamentos de profetas posteriores. Desde o início de seu ativismo, Jabotinsky incorporou a concepção bíblica da Terra de Israel à sua configuração geográfica. Os primeiros grupos sionistas revisionistas radicados na Palestina britânica, como Betar e Irgun, consideraram o território da Transjordânia como parte do Grande Israel. Depois do estabelecimento do país, em 1948, os revisionistas se mantiveram fiéis ao contexto do Grande Israel, estendido somente do rio Jordão até o mar Mediterrâneo. 

A LEGIÃO

Em 1914, quando a 1ª Guerra Mundial eclodiu, judeus britânicos, homens e mulheres, se voluntariaram para o serviço militar. No entanto, como muitos judeus no Reino Unido não tinham cidadania britânica, não puderam se juntar ao exército regular. A partir da Palestina otomana, judeus da Rússia, Turquia e de outros países pressionaram o governo britânico para serem autorizados a se alistar. Eventualmente,  foram agregados a um regimento inglês sob a denominação de Corpo de Mulas de Sion. Este contingente serviu em combates, alguns intensos como o de Galípoli, recebendo elogios das autoridades britânicas. Assim que a campanha de Galípoli terminou, o Corpo foi dissolvido, mas muitos daqueles que haviam contribuído para sua criação, desejavam de alguma forma permanecer no serviço militar. Seus principais porta-vozes, atuando em Londres, eram os influentes sionistas Vladimir Jabotinsky e Yossef Trumpeldor.

Jabotinsky e outros ativistas pressionaram as autoridades britânicas para formar um grupo de combatentes judeus, uma legião judaica, que, com seu bom conhecimento dos territórios no Oriente Médio, poderia desempenhar um papel relevante na campanha para libertar a Palestina da dominação  turca. Mas algumas vozes da comunidade judaica britânica se levantaram contra o propósito da criação de uma Legião Judaica. Argumentavam que os judeus deveriam se assimilar ao império em vez de dele se dissociar, porque isso poderia  fomentar o antissemitismo. O mais apropriado, disseram, seria uma demonstração de total  lealdade dos judeus anglo-saxões ao Reino Unido.

O debate se acirrou ao longo de 1916 e 1917. À medida em que a guerra avançava, as autoridades começaram a cogitar a possibilidade da formação de uma força judaica, ou, pelo menos, predominantemente judaica. Isso atenderia à necessidade de incorporar novos recrutas às forças armadas inglesas, jovens judeus russos que viviam em grande número no Reino Unido.

O tenente-coronel John Henry Patterson, não judeu, que havia supervisionado o Corpo de Mulas de Sion, recebeu instruções para organizar um regimento judeu e a notícia foi anunciada no jornal London Gazette, em 23 de agosto de 1917. Para apaziguar os setores do Judaísmo anglo-saxão contra sua formação, a Legião Judaica foi engajada nos 38º, 39º, 40º e 42º batalhões dos Fuzileiros Reais, um regimento com sede em Londres. Suas fileiras foram compostas por imigrantes russos, judeus russos e judeus de outros países. Em 2 de fevereiro de 1918, o 38º batalhão marchou com altivez pela cidade de Londres. No dia seguinte, deixou a Inglaterra rumo ao Oriente Médio. Patterson se surpreendeu com o orgulho com que aqueles homens exaltavam sua condição judaica, embora a grande maioria sequer soubesse o que era o Sionismo. Os judeus da Legião lutaram no Vale do Jordão e na batalha de Megido. Os regimentos foram dissolvidos entre 1919 e 1921. Muitos jovens militares abraçaram o Sionismo, por conta das envolventes pregações de Jabotinsky, e permaneceram na Palestina. Outros retornaram para Londres e outros lugares. Em 1919, aqueles que ainda serviam nas forças britânicas receberam um distintivo regimental com a imagem de uma Menorá e a palavra Kadima (avante, em hebraico).

Os judeus que serviram na Legião Judaica são considerados heróis do povo de Israel. O nome de Zeev Jabotinsky ficou vinculado para sempre à Legião Judaica. Foi em grande parte por seu empenho que o mundo presenciou, após séculos de trevas, o surgimento de uma altiva tropa militar judaica. Yossef Trumpeldor morreu em 1920, defendendo de um ataque árabe o assentamento localizado em Tel Hai, uma referência do pioneirismo judaico na antiga Palestina.

O BETAR

Fundado em 1923 em Riga, Letônia, por Zeev Jabotinsky, o nome Betar corresponde a uma sigla em hebraico para Brit Yossef Trumpeldor. É também o nome do forte judeu que sobreviveu à Revolta de Bar Kochba, em 136 da Era Comum. O Betar, que já conta mais de cem anos, se tornou o braço juvenil do movimento revisionista que se opôs ao Sionismo socialista.

Originalmente menor do que outros movimentos sionistas, o Betar se tornou mais atraente não apenas para a juventude judaica, mas também para muitos adultos que consideravam sua ideologia, sua política e suas atividades mais eficazes para a realização do ideal sionista.

A primeira conferência mundial oficial do Betar ocorreu em Danzig (hoje Gdańsk, na Polônia) em 1931, quando Jabotinsky foi anunciado formalmente como líder do movimento que, àquela altura, já estava capilarizado e contava com adeptos nas maiores comunidades dos países da diáspora.

O Betar se concentrou na elaboração de um sólido sentimento nacionalista. Por defender uma ação ofensiva e objetiva para o estabelecimento de um Estado Judeu, o movimento se dedicou, com afinco, ao aprendizado de ações militares. Na Palestina britânica, o movimento se instituiu como o braço juvenil do Irgun Tzvai Leumi. Esta organização clandestina, chefiada por Menachem Begin, foi responsável por iniciativas armadas e atos de sabotagem contra alvos militares britânicos. Apesar da repressão que sofria, o Irgun obteve expressivos sucessos que contribuíram para o aumento do número de seus combatentes, inclusive jovens do Betar.

A par de acirrados conflitos com o movimento juvenil socialista sionista, o Betar continuou a crescer e a se dedicar ao treinamento paramilitar, além de participar ativamente nas operações de resgate de imigrantes judeus ilegais. O amplo alcance e a engenhosidade militar do Betar e do Irgun se estenderam a unidades aéreas e navais.

Os membros do Betar constituíam a maior parte da base da União dos Revisionistas Sionistas e do Irgun. Na segunda conferência mundial de Betar, em Cracóvia, em 1935, Jabotinsky propôs um texto codificado da ideologia do Betar, chamado O Juramento, que estipulava em seu primeiro parágrafo: “Dedico minha vida ao renascimento do Estado Judeu, com maioria judaica, em ambos os lados do rio Jordão”. Um ano antes, o Betar havia criado na na Terra de Israel disciplinadas brigadas de trabalho baseadas em aldeias e assentamentos. A maioria ficava na Alta Galileia, mas, após a eclosão dos motins árabes em 1936, as unidades também foram estabelecidas no bairro judeu da Cidade Velha de Jerusalém.

O Betar teve enorme expansão durante a terceira década do século 20, chegando em 1938 a 90 mil membros, em diversos países. Durante a 2ª Guerra Mundial, muitos membros do Betar se voluntariaram na Palestina para servir nas unidades do Exército Britânico e, posteriormente, se integraram na Brigada Judaica, que, sob bandeira do Reino Unido, combateu na Itália.

A maioria das sedes europeias do Betar foram destruídas no Holocausto. Alguns milhares de membros escaparam e se juntaram aos guerrilheiros antinazistas. Grupos revisionistas participaram de revoltas nos guetos, notadamente em Varsóvia, Vilna e Bialystok. Com o esfacelamento do Judaísmo europeu, Israel se tornou o centro do movimento. Depois da declaração da independência, Irgun e Betar formaram o partido Herut, que se manteve na oposição ao primeiro governo do novo país.

Zevi Ghivelder é escritor e jornalista.