No âmago do confronto entre Israel e os que querem sua destruição está a união inabalável das Forças de Defesa de Israel (FDI) - um exército unido, na linha de frente, em prol de toda uma nação.

POR UNIDADE DE PORTA-VOZES DAS FORÇAS DE DEFESA DE ISRAEL

Em solo, equipes de salvamento resgatam vítimas em prédios colapsados; nos céus, pilotos de caça defendem o espaço aéreo; em locais secretos, unidades de inteligência frustram os planos do inimigo; na mídia, porta-vozes procuram alcançar milhões em território hostil – a ameaça iraniana colocou Israel frente a frente com um dos desafios mais complexos de sua história recente. Mas, no âmago desse confronto desponta a união inabalável das Forças de Defesa de Israel (FDI). O combate contra o Irã não é apenas uma história militar – é a vida de um povo que luta por seus lares e suas famílias. É a história de jovens soldados que deixaram sua casa para proteger sua nação e seu povo, de oficiais de inteligência cujas análises impediram o lançamento de mísseis inimigos, de engenheiros que transformaram o perigo imediato em inovação. É a história de um exército, unido em propósito, na linha de frente, em prol de toda uma nação.

“Operação Leão em Ascensão”

Em junho de 2025, as tensões entre Israel e o Irã escalaram para um confronto militar direto que durou 12 dias. O que está sendo chamado de “Guerra de 12 dias” foi o embate mais intenso, até hoje, entre os dois países. Deflagrado pela ameaça nuclear iminente do Irã, o conflito colocou as FDI na linha de frente da defesa do Estado de Israel. E estas lançaram operações precisas e de longo alcance em território iraniano, atingindo instalações estratégicas da Guarda Revolucionária e centros de comando, depósitos de mísseis, usinas e armazéns nucleares.

Ao longo da campanha, os sistemas israelenses de defesa aérea interceptaram centenas de misseis balísticos e drones impedindo massacres de civis, destruição de cidades e protegendo ativos estratégicos. O conflito colocou à prova a prontidão, a resiliência e a coordenação regional de Israel – e destacou a unidade, agilidade e determinação das FDI diante de seus inimigos.

A guerra multifrontal ainda não está concluída. Embora o confronto com o Irã tenha representado um momento decisivo, é fundamental lembrar que Israel continua envolvido em uma guerra multifrontal: o Hezbollah no norte, o Hamas no sul, grupos terroristas na Judeia e Samaria, os Houthis no Iêmen. As ameaças se estendem por terra, mar, ar e ciberespaço, e as FDI seguem operando incansavelmente para proteger o Estado de Israel. A missão está longe de terminar, e Israel permanece comprometido com um objetivo nacional sagrado: trazer de volta todos os reféns –  vivos e mortos,  ainda mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza. Até que essa missão seja cumprida – e cada frente esteja segura – as FDI continuarão lutando com determinação, coragem e união.

A voz das FDI parao povo iraniano

Com o lançamento dos primeiros mísseis iranianos contra Israel, abriu-se uma nova frente de combate, medida não em quilômetros ou em armas, mas em palavras e ideias, através do tenente-coronel Kamal Pinhasi – um homem que, aos 15 anos, fugiu da Guarda Revolucionária do Irã e se tornou a voz das FDI para o povo iraniano.

Aos 15 anos, o jovem Kamal escapou da Guarda Revolucionária e foi para Israel. Hoje, 46 anos depois, o tenente-coronel Kamal Pinhasi se dirige diariamente ao povo iraniano como porta-voz das FDI no idioma persa, também conhecido como língua farsi – alcançando milhões de pessoas. Da infância em Teerã à sua atuação durante a “Operação Leão em Ascensão”, conversamos com o homem que se tornou o rosto e a voz das FDI para o mundo de língua persa.

Por trás de seu sorriso largo e sua perspicácia estão longas noites e incontáveis horas de trabalho intenso. Ao  ser questionado sobre a atenção que vem recebendo da mídia iraniana desde o início da guerra, ele afirma: “Tudo o que está sendo dito sobre mim no Irã não me afeta. Antes da operação, a página das FDI em persa tinha 365 mil seguidores. Hoje, são mais de 900 mil – mais de 95% dentro do Irã – apesar da censura e da vigilância do regime na internet”, ele compartilha. O crescimento não é por acaso. Kamal e sua equipe produzem, de forma consistente, conteúdo acessível e adaptado ao público de língua persa – de vídeos e declarações a avisos de evacuação.

“Vemos isso nos comentários e nas respostas – cidadãos de lá nos incentivam a continuar. Isso nos fortalece”, diz Kamal. “Nos concentramos especialmente na geração mais jovem. Eles nos veem como aliados. É algo indescritível – uma fonte de alegria e esperança”.

De fato, enquanto conversamos com Kamal em seu escritório, sob a bandeira de Israel, há também outra bandeira na parede: a bandeira do Irã Imperial anterior à Revolução – com listras vermelhas, brancas e verdes, e um leão empunhando uma espada diante do sol. “Foi aí que percebi: essa é a conexão entre o nome da operação e o povo persa. Esses símbolos representam orgulho e força na história do Irã”, explica o tenente-coronel.

Mesmo antes da operação, Kamal trabalhava incansavelmente para deixar uma mensagem clara: o inimigo de Israel não é o povo iraniano – é a Guarda Revolucionária Islâmica. Segundo ele, enquanto a mídia do regime promove uma narrativa distorcida e controlada pelo Estado, o público iraniano recorre cada vez mais aos canais digitais das FDI em busca de informações verdadeiras e sem censura.

Para Kamal, o povo iraniano faz parte da sua própria história. “Morei lá por 15 anos e tenho ótimas lembranças”, conta ele. “No meu bairro, havia duas famílias judias, uma cristã e as restantes muçulmanas. Vivíamos em paz. Desde jovem”, continua, “sempre sonhei em ser soldado do Exército de Israel. Se, naquela época, alguém me dissesse que isso seria possível, eu não acreditaria”.

As mentes que viram o futuro

Por mais de uma década, nos bastidores, longe dos olhos do público, a Divisão de Pesquisa da Direção de Inteligência espionava, acompanhava, rastreava  os acontecimentos no Irã. Secretamente, essa Divisão de Inteligência das FDI monitorava de perto o desenvolvimento de armas de destruição em massa. O planejamento de um ataque preventivo foi traçado caso fosse necessário intervir para impedir que o Irã se tornasse uma potencia nuclear. Chegou o dia que os planos tiveram que ser acionados.

Às 3h30, horário de Teerã, do dia 13 de junho de 2025, dezenas de caças da Força Aérea Israelense voaram em direção ao Irã. Ao chegar,  lançaram bombas em sincronia precisa, atingindo alvos iranianos militarmente estratégicos: centros de comando, defesas aéreas e antiaéreas, entre outros. O governo iraniano não fazia ideia de que aquilo era apenas o ato de abertura de uma campanha militar muito maior – a “Operação Leão em Ascensão”.

O ataque havia sido meticulosamente planejado ao longo dos anos. Mas pouco antes da eclosão da “Guerra Espadas de Ferro”, operação militar realizada pelas  FDI em resposta ao ataque terrorista mais mortal da história de Israel, realizado pelo Hamas no dia 7 de outubro de 2023, as informações da inteligência israelense confirmaram que o Irã estava prestes a ter armas nucleares. Apesar das especulações da mídia internacional sobre um possível iminente ataque israelense, a alta cúpula iraniana foi pega de total supresa.

O ataque neutralizou 20 das principais lideranças cientistas e militares  diretamente envolvidas nos planos para destruir Israel, graças a uma operação liderada pela Inteligência Militar em cooperação com a Força Aérea. “Sabíamos como encontrá-los onde quer que estivessem”, disse o major R. “E além de eliminar importantes centros militares,  o ataque teve um efeito dissuasivo enorme. Atingimos o círculo mais próximo ao líder supremo do Irã – e voltamos em segurança.  O que antes parecia uma visão surreal – caças israelenses sobrevoando Teerã – agora é a nova realidade operacional. Resultado de anos de trabalho incansável das mentes brilhantes da comunidade de inteligência israelense. E, eles afirmam, “ainda temos cartas na manga”. 

“Além das lições que apreendemos de cada operação”, dizem  oficiais da Divisão de Pesquisa, “a memória de 7 de outubro está sempre conosco – não importa em qual frente estejamos lutando”.

É importante lembrar que a guerra não se trava apenas nas salas de estratégia ou nos céus. Às vezes, ela irrompe pelos tetos de nossas cidades e enterra vidas no concreto. Foi o que aconteceu em Bat Yam, quando um míssil atingiu diretamente o coração da cidade, derrubando prédios inteiros.

O major A., comandante da Unidade Nacional de Resgate, já tinha visto zonas de calamidade antes: na Turquia, após o terremoto, e em Gaza, sob fogo intenso. Mas, agora, a zona de guerra estava acontecendo no meio da população civil de Israel. A equipe de resgate que chegou  instantes após o míssil iraniano ter caído se deparou com cenas caóticas. O trabalho de resgate era angustiante: “Buscar sons, vozes, corpos. E cavar, não parar de cavar”.

O major A. fala com base em vivência profunda. “Dois anos atrás, resgatamos civis de prédios desabados na Turquia, depois do terremoto. E, durante esta guerra, atuamos sob fogo cruzado na Faixa de Gaza”. Mas seu tom muda ao lembrar daquela manhã em Bat Yam. “Sete pessoas morreram, dezenas ficaram feridas. A equipe de resgate precisava entender como o prédio colapsara para decifrar onde as pessoas poderiam estar presas. Nossos engenheiros analisaram a cena rapidamente e orientaram  as equipes onde se colocar para tentar ouvir uma voz, um som, onde agir, onde cavar. Graças a isso, conseguimos localizar a maioria dos desaparecidos”.

Esse militar havia chegado direto de outro cenário de resgate, em Tel Aviv. “Encontramos dois adultos em um andar alto. Primeiro, tratamos de acalmá-los. Depois, passo a passo, fomos retirando-os dali, fazendo com que sentissem que havia alguém cuidando deles. Momentos assim você não esquece. Você é o primeiro rosto que eles veem depois do desastre”.

Não muito longe dali, o capitão G., um oficial de rastreamento, encerrava uma breve troca de mensagens pelo rádio. Ele foi um dos primeiros a chegar ao local. “Até a noite ainda estávamos arrombando portas e tirando pessoas de dentro. A expressão nos olhos delas – isso não dá para descrever. Num momento estão sozinhas. No seguinte, estamos lá... já temos que seguir  para o próximo prédio... É uma corrida contra o tempo, e nosso trabalho é vencê-la”.

No canto de um dos prédios, encontramos uma paramédica – o uniforme coberto de poeira, ainda ao lado da sua equipe. “Estou aqui desde 3h00”, disse, sem parar o que estava fazendo. “Só desejo que continuemos unidos, fortes, e que nunca permitamos que dias como este possam nos quebrar. Essa é a missão. É isso que significa ser um soldado – proteger civis”.

Mulheres lutando nos céus

A major S., uma mulher piloto de combate, voou milhares de quilômetros de sua base, em Israel, em direção ao espaço aéreo inimigo iraniano. Durante o voo,  ela pensou no filho. A missão era clara: eliminar uma ameaça existencial. E foi um sucesso. “Fizemos isso pela paz do amanhã. Pelos nossos filhos. Pelo nosso lar”.

“Quando voei em missão a 1.500 km. de Israel, soube que estava participando de um momento histórico. Pensei na minha casa”, lembra a major S., que participou de missões aéreas no Irã. “Todos treinamos para este momento. Em tempo real, tudo funcionou em perfeita coordenação e sincronização. O esquadrão operou como uma única força – tripulações aéreas e equipes de solo trabalhando perfeitamente em conjunto”.

Para essa valente militar,  a missão tinha um profundo significado pessoal e nacional. “Foi uma missão projetada para garantir que nossas crianças tenham um futuro melhor e mais seguro. Senti a responsabilidade de ajudar a remover uma ameaça real e existencial ao Estado de Israel. Estamos fazendo isso pela paz do amanhã”.

Mas enquanto a Força Aérea voava acima da ameaça, os soldados da defesa aérea de Israel agiam em terra, um escudo entre a ameaça mortal e a população israelense. O major A., subcomandante de um batalhão de defesa aérea, não deixa seu posto há dois anos. Ele é subcomandante do Batalhão 136 da Divisão de Defesa Aérea das FDI. “Cada interceptação de um míssil são vidas salvas. Às vezes, quando vejo um míssil iraniano a caminho de Israel na tela,  imagino uma criança se escondendo sob um cobertor, uma família correndo para um abrigo, uma mãe tentando confortar seus filhos”.

Para esse valente militar, cada momento em serviço é profundamente pessoal. “Estamos aqui – soldados, reservistas – de todo o país, de todas as idades, com uma missão em comum. Trabalhamos 24 horas por dia, com os olhos no céu, mãos no sistema”, explica. “Esta não é uma defesa que precisa eliminar completamente a ameaça – é uma defesa que reduz a vulnerabilidade, salva vidas e dá às FDI o espaço para atacar. Todos sabemos que estão aqui para proteger o nosso lar”.

E há aqueles cuja guerra começou muito antes de os céus se iluminarem com os mísseis balísticos sendo lançados sobre Israel. A cabo S. era uma civil em 7 de outubro de 2023 – dançando no festival Nova quando o Hamas atacou. Ela viu amigos morrerem. Escapou por pouco. E por um tempo, ela não se imaginava usando um uniforme. Mas algo mudou. “Eu estava no festival Nova em 7 de outubro”, conta cabo S., referindo-se ao dia terrível em que terroristas do Hamas massacraram mais de 1.200 israelenses. Traumatizada e insegura, inicialmente S. decidiu não se alistar. Mas isso mudou rapidamente. “Percebi que precisava dar um pouco de mim”, diz. “Porque se cada um de nós não fizer a sua parte, quem o fará?”

Formada no programa de jovens voluntários da Força Aérea Israelense, a cabo S. encontrou seu lugar no hangar de manutenção de aeronaves Sufa (Tempestade), na Base Aérea de Ramon. Foi um caminho natural, mas não fácil. “O trabalho aqui é ininterrupto, dia e noite”, explica. “E ainda carrego o trauma do 7 de outubro. Há ruídos no hangar que me remetem àquele dia – sons repentinos, alarmes. Houve momentos em que senti que não tinha mais forças. Mas a equipe aqui me apoiou. Eles me acolheram como família”. Cabo S. agora é uma parte fundamental da equipe que faz a manutenção dos caças em missões contra o Hamas e outras ameaças. “A cada 400 horas de voo, a aeronave precisa passar por uma manutenção profunda”, explica seu colega, o cabo N. “Se não passar, simplesmente não consegue continuar voando”.

Embora os esquadrões possam lidar com reparos básicos de campo, manutenções mais complexas acontecem em Sufa – e são cruciais para manter a defesa aérea de Israel operacional. “No início da guerra, o ritmo aqui era inimaginável”, lembra o capitão T., comandante da garagem. “Tínhamos novos recrutas chegando e entrando direto no ritmo da guerra”.

Apesar da intensidade e de sua trajetória pessoal, a cabo S. encontrou um propósito em seu trabalho. “Sei que o que fazemos aqui protege os civis”, diz ela. “Alistei-me de todo o coração. Quero me tornar oficial. Todas as manhãs, levanto-me e olho para a frente. Não vou olhar para trás”.

A Terra Prometida

Doze dias. Múltiplas frentes. Ataques aéreos, missões de resgate, operações de inteligência, guerra digital. Mas as FDI nunca foram apenas um exército de táticas e armas, são a história humana de Israel. Uma história escrita por pilotos, socorristas, engenheiros, analistas e sobreviventes. Do tenente-coronel Kamal, que falou a verdade aos iranianos, ao major R., que neutraliza ameaças inimigas; de uma unidade de resgate tirando uma criança dos escombros, a uma piloto que prende a respiração antes do ataque, até uma técnica limpando a graxa das mãos depois de preparar o próximo jato. É uma só história. Uma só missão. Um só exército.

A guerra com o Irã não foi apenas um confronto com um regime distante – foi um teste de quem somos. E a resposta não veio em discursos, mas em ações. Não em bandeiras, mas em rostos. O rosto de um piloto. De uma médica. De um sobrevivente. Os reféns ainda estão em Gaza. As ameaças ainda persistem. Mas as FDI e o povo de Israel permanecem inquebrantáveis. Em cada sala de comando e em cada abrigo, em cada frente e em cada tela. Em cada cabine, teclado e prédio em ruínas – Israel está unido e não vai parar até que o país esteja seguro e seu futuro garantido.