O Hospital Israelita Albert Einstein lança o primeiro Centro Integrado de AVC entre os hospitais privados do Estado e divulga o estudo Acidente Vascular Cerebral Isquêmico no Município de São Paulo São Paulo, agosto de 2004 – Doença que consome 5% dos orçamentos da saúde no mundo, em São Paulo o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico […]

O Hospital Israelita Albert Einstein lança o primeiro Centro Integrado de AVC entre os hospitais privados do Estado e divulga o estudo Acidente Vascular Cerebral Isquêmico no Município de São Paulo

São Paulo, agosto de 2004 – Doença que consome 5% dos orçamentos da saúde no mundo, em São Paulo o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico – AVCI ou derrame na linguagem popular - é diagnosticado em cerca de 25% das neuropatologias; porém, apenas 20% dos pacientes recorrem aos hospitais. Para lançar um novo olhar sobre prevenção, diagnóstico e tratamento da doença, o Programa Einstein de Neurologia inaugura o primeiro Centro Integrado de AVC, modelo pioneiro em São Paulo.

Do reconhecimento do AVC à UTI Neurológica e à Reabilitação, passando pela prevenção, o Centro Integrado de AVC do Programa Einstein de Neurologia propõe um novo padrão de atendimento com foco total na doença. Neurologistas de prontidão 24 horas, agilidade no diagnóstico e equipe treinada para receber o paciente e tratá-lo com precisão são fatores que geram maior probabilidade de recuperação e menores chances de seqüelas.

Há dois tipos de AVC, o AVCI (Acidente Vascular Cerebral Isquêmico) e o AVCH (Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico). “O primeiro passo é diagnosticar corretamente a incidência da doença para que os procedimentos sejam eficazes”, afirma o neurologista Ayrton Massaro, Coordenador do Programa Einstein de Neurologia. “O rápido reconhecimento com tratamento apropriado pode evitar seqüela ou morte de alguns pacientes”, completa Massaro.

Para integrar a atuação da equipe, o Centro de AVC do Programa Einstein de Neurologia implantou um “código AVC” no Pronto Atendimento, um sistema de comunicação que ativa toda a cadeia de assistência, dando sinal de que há um caso de AVC entrando no Hospital. O “código AVC”, quando acionado, alerta, por meio de bips, todas as áreas que envolvem a cadeia de atendimento já treinada: neurologista de prontidão (24h), equipes da tomografia, UTI Neurológica, enfermagem focada em AVC e toda a rede que deve agir em tempo breve. Uma ala exclusiva, com 28 leitos, está totalmente dedicada ao atendimento.


Principais Sintomas para Reconhecimento do AVC
Ponto determinante que requer muita atenção é a identificação dos sintomas do AVC, muitas vezes confundidos com os de outras doenças. “Por serem inicialmente sintomas leves, o paciente não se dá conta do quadro. Portanto, ao menor sinal deles, é fundamental que o paciente ou familiar entre em contato – imediatamente – com o serviço de emergência mais próximo que esteja preparado para atender, diagnosticar e tratar o AVC”, destaca Massaro.


Sintomas:
- Perda repentina de forças e movimentos
- Dificuldade de manter o equilíbrio, tonturas
- Dificuldade para falar
- Visão embaralhada
- Confusão mental, alteração da memória


Acidente Vascular Cerebral Isquêmico no Município de São Paulo
O Hospital Israelita Albert Einstein realizou, em conjunto com a Consultoria de Estudos Estatísticos Avançados SD&W, um estudo que mapeou o AVCI em todo o Município de São Paulo e levou quatro meses para ser concluído. O estudo cruzou várias bases de dados, incluindo informações como nível sócio-econômico-cultural, idade, hipertensão arterial, diabetes e incidência nos setores censitários. Ao analisar a distribuição geográfica, observa-se uma correlação entre a ocorrência de AVC e a qualidade de vida, verificando-se maior incidência da doença na periferia, particularmente nas faixas etárias mais jovens. Por outro lado, os bairros da região Centro-Oeste apresentam a menor presença de casos AVCI.

No geral, observa-se que, onde os níveis socioeconômicos são menos favorecidos, a ocorrência de AVCI é duas vezes maior. Além disso, verifica-se importante correlação entre o número de casos da doença e a incidência de hipertensão arterial e de diabetes em cada setor censitário. Para se chegar a esses e outros resultados, o trabalho se baseou no número estimado de casos por setor censitário (aproximadamente 300 domicílios), agrupados de acordo com sete estratos socioeconômicos-culturais. Os casos foram estimados tendo como base as seguintes faixas-etárias: 15 a 19; 20 a 29; 30 a 44; 45 a 59; 60 a 74 e acima de 75 anos.

Na faixa dos 45 aos 59 anos, por exemplo, é possível observar diferenças tanto entre os distritos de saúde, como dentro deles. Segue tabela que explicita comparação entre os bairros da Zona Leste - José Bonifácio e Artur Alvim e da Zona Sul, Morumbi e Moema.

“Inicialmente motivado pela idealização do Centro Integrado de AVC no Einstein, o estudo revelou possibilidades de ampliação do espectro do trabalho de análise. Por isso, decidimos ampliá-lo, trabalhando em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde”, afirma Denise Schout, médica Coordenadora do Centro de Epidemiologia do Hospital. “Importante ferramenta para otimização de recursos sociais do âmbito da saúde, acreditamos que um estudo dessa natureza possa também servir como referência para outras capitais e regiões brasileiras”, completa a médica.


Mais Informações:
Andreoli, Manning, Selvage & Lee
Mônica Lourenci e Michele Izawa
Mônica – mônica@andreolimsl.com.br – 50 88 3415
Michele – Michele@andreolimsl.com.br – 50 88 34 08