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julho 2016
Ed. 92

Carta do leitor

ANO XXIII
N. 92
julho 2016
CARTA AO LEITOR: ANO XXIII N.92 julho 2016

Durante o período das Três Semanas, que se inicia  no dia 17 de Tamuz – este ano, em 24 de julho  – e termina em Tishá b’Av – o nono dia do mês de Menachem Av – em 14 de agosto – o Povo Judeu lamenta a destruição de Jerusalém e a queda do Templo Sagrado. A conquista de Jerusalém pelos romanos, a destruição do Templo Sagrado e o subsequente exílio do Povo Judeu da Terra de Israel ocorreram há quase 2 mil anos, mas, desde então, não se passou sequer um dia em que deixamos de orar pelo restabelecimento de nossa Capital Eterna.

Por que o Povo Judeu chora por uma cidade que caiu há dois milênios? Por que tanta importância é dada à Jerusalém, a tal ponto que é mencionada todos os dias em nossas orações?

David Ben-Gurion, um dos fundadores do Estado de Israel e seu primeiro Primeiro-Ministro, afirmou: “Nenhuma cidade do mundo, nem mesmo Atenas  ou Roma, teve um papel tão importante na vida de uma nação, durante tanto tempo, como Jerusalém na vida do Povo Judeu”. Elie Wiesel, Prêmio Nobel  da Paz, escreveu: “O fato de eu não viver em Jerusalém é secundário; Jerusalém vive dentro de mim. Jerusalém é inerente ao meu judaísmo; é o centro de meus compromissos e meus sonhos”.

De fato, Jerusalém vive dentro de todo judeu, consciente ou inconscientemente. Mencionada mais de 600 vezes no Tanach, a cidade é o marco nacional da tradição judaica. Representa a alma coletiva do Povo Judeu. Jerusalém não é apenas uma cidade – é a eterna capital do Povo Judeu. A esperança de retornar a Jerusalém manteve vivo o nosso povo na Diáspora. Nas épocas mais difíceis, o que lhes dava força e esperança era a frase: “No ano que vem, em Jerusalém”.

Além de ser o coração do Povo Judeu, Jerusalém é também a mais sagrada das cidades. A santidade de Jerusalém advém de ser a cidade onde D’us decidiu estabelecer Sua Morada, isto é, o Templo Sagrado, para que Sua Presença na Terra lá habitasse.

Assim, Jerusalém é diferente de todas as outras cidades porque se encontra entre dois mundos: o físico e o espiritual. O Pirkei Avot, um livro sagrado de sabedoria e ética judaica, relata muitos milagres que ocorriam na cidade na época em que existia o Templo Sagrado. A razão para tantos milagres ocorrerem em Jerusalém, especialmente no Templo, é que o contato com o sagrado traz mudanças às leis da natureza. É o portal terrestre para os Céus. Por esse motivo, independentemente de onde estivermos, sempre oramos em direção a Jerusalém, nossas preces são levadas a Jerusalém e de lá ascendem aos Céus.  

A queda de Jerusalém e do Templo Sagrado foram  uma grande perda não apenas para os Filhos de Israel, mas para toda a humanidade, pois a utopia tão  sonhada por todos nós depende da reconstrução de Jerusalém e do Templo Sagrado. Pelo fato de Jerusalém ser o centro espiritual do mundo, tudo o que lá ocorre afeta o restante do mundo. Nossos Sábios ensinam que todo dano que foi causado a Jerusalém trouxe e continua a trazer malefícios a todo o mundo, pois o Templo servia como fonte de proteção e ajudava a expiar os pecados de toda a humanidade. É por esse motivo que o Povo Judeu lamenta a destruição de Jerusalém há quase 2 mil anos.

O nome “Jerusalém” tem muitos significados, entre os quais, “Cidade da Paz”. Mas a paz ainda não reina em Jerusalém e o Templo Sagrado ainda continua em ruínas. É por esse motivo que apesar do estabelecimento do Estado de Israel e da reunificação de Jerusalém, o Povo Judeu continua a observar as Três Semanas de Luto. Esperamos que em breve se cumpram as Promessas Divinas, que o Templo Sagrado seja restaurado e que haja paz em Jerusalém  - Cidade da Paz, e no restante do mundo.

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