Barbra Streisand chegou ao topo da indústria do entretenimento como ninguém o fizera, até então. Atriz, cantora, produtora e diretora, ela é a única artista que recebeu todos os grandes prêmios por seu trabalho na TV, no cinema e no teatro. Em 24 de abril de 2022, a atriz completou 80 anos.

A garotinha judia de Brooklyn, alvo constante de zombaria por sua aparência “muito judaica”, que ouvia que não era bonita o suficiente para ser atriz, tornou-se uma das mulheres mais conhecidas e respeitadas do show business. E com isso conseguiu mudar os padrões de beleza e glamour, tornando-se uma das maiores estrelas de Hollywood.

Ademais de ser a cantora com maior número de discos vendidos, é também uma aclamada atriz ganhadora de Oscar, atriz da Broadway e conceituada diretora e produtora de filmes. Com uma carreira que já cobre seis décadas, Barbra dominou como ninguém os gêneros da comédia, drama e musical.

Entre vários outros reconhecimentos públicos, ela ganhou dois Oscars, cinco Emmys, 10 Grammys, um Tony Award, 11 Globos de Ouro e ainda três Peabodys. Realmente, conquistas que não são para qualquer um... Foi a primeira mulher a receber o Globo de Ouro de Melhor Diretor e o conjunto de seus prêmios ultrapassa o de qualquer outra pessoa no show business, em todos os tempos. Em 2015, recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade das mãos do presidente Barack Obama. Essa medalha é o maior prêmio outorgado a um civil, nos Estados Unidos. Fora das fronteiras de seu país recebeu a Legião de Honra (Légion d’Honneur), da França.

Barbra Streisand é imensamente popular, sendo atuante politicamente e muito envolvida em inúmeras causas públicas.

Sua Vida

Barbara Joan Streisand nasceu em 24 de abril de 1942, no Brooklyn, filha de Diana Rosen e Emmanuel Streisand, ambos filhos de imigrantes judeus da Europa Oriental. A família de seu pai emigrou da Polônia e a de sua mãe, da Rússia. Ela tem um irmão mais velho, Sheldon.

Assim que começou a carreira artística, Barbara removeu o “a” da sílaba do meio de seu nome, querendo ser “diferente” – e assim nascia Barbra Streisand.

Sua mãe, Diana, era filha de um chazan – cantor litúrgico, que tinha uma linda voz e também trabalhava na indústria de confecções. Ela se ocupava com a casa e os filhos. O marido, Emmanuel, tinha mestrado em Educação e era superintendente do Reformatório Elmira, onde também dava aulas de inglês.

Pelo que Barbra ouvia das histórias familiares, seu pai era “um homem muito religioso”, que cursou a New York University e o Columbia Teachers College, e que, certa vez, voltara a pé para o Brooklyn em vez de usar o transporte público, após assistir uma aula na 6ª feira à tarde, para não correr o risco de violar o Shabat.

Infelizmente, ele faleceu aos 35 anos de idade, por complicações de um ataque epilético. Barbra era um bebê de apenas 15 meses. Já crescida, ela soube que o pai morrera devido a um erro médico no tratamento, muito provavelmente devido a uma overdose de morfina que lhe teria sido administrada. Sua infância foi moldada pela ausência da figura paterna, que criou um enorme vazio e uma tremenda saudade daquele pai que não tivera a chance de conhecer.

Com a morte dele, a situação financeira da família sofreu um grande baque e pouco tardou para que eles se vissem quase na linha da pobreza. Para sobreviver, tiveram que se mudar para a casa de seus avós. A mãe, Diana, passou os três anos seguintes na cama, chorando e se sustentando com a pensão do Exército por invalidez que a família recebia pelo irmão falecido em batalha. Quando terminou o prazo de pagamento, ela arrumou um emprego como secretária na Secretaria de Educação Pública, em Nova York. Pouco tempo lhe sobrava para cuidar dos dois filhos.

“Meu irmão dormia numa cama dobrável e minha mãe e eu dividíamos uma cama”, conta Barbra. “Meus avós usavam o outro quarto e, num terceiro, ficava uma mesa e um aparador. Nunca tivemos um sofá, que, para mim, era coisa de rico...”. Ela se recorda de passar os dias nos corredores do edifício em que viviam, aceitando lanches que os vizinhos lhe davam. Em pequena, Barbra frequentava a Escola Bais Yakov, colégio judaico ortodoxo para meninas, no Brooklyn. Mais tarde, passou a frequentar a escola pública.

Em 1950, sua mãe, Diana, volta a se casar com um vendedor de carros usados, Louis Kind, enquanto a filha estava na colônia de férias. Ao voltar, Barbra descobre que sua família se mudara para outra casa e que sua mãe estava grávida. Kind era divorciado, tinha três filhos. Com Diana eles tiveram uma filha, Rosalind (Roslyn), nascida em 1951.

Pelo que Barbra conta, sua mãe era muito má com ela; e o padrasto, ainda pior. Ele era verbalmente abusivo, chamando-a de “a fera”, enquanto a filha Rosalind era “a bela”. Quando ela pedia dinheiro para comprar um sorvete, ele lhe dizia: “Você não merece sorvete, não é bonita o suficiente”. Em suas palavras, “Ele não falava comigo. Não me via. Não gostava de mim”.

Considerava a mãe uma mulher egoísta, fria, nada compreensiva. E para a mãe, Barbra era pouco atraente para ir atrás de seus sonhos de se tornar atriz. Para a filha, a frieza da mãe se devia à sua fracassada ambição de se tornar cantora. Seu sonho era cantar publicamente, mas nunca foi atrás dele.

Em criança, Barbra era tímida e ela classifica sua infância como “dolorosa”. “Foi muito deprimente e eu bloqueei grande parte de minha infância para sobreviver”, conta. No colégio e em casa implicavam com ela, chamando-lhe nomes feios. Assim sendo, ela também se via como “uma criança realmente bem feia”, sentindo-se rejeitada pelas outras porque tinha uma aparência diferente. Os colegas de classe sempre a provocavam por causa de seu nariz “bicudo”. Era ligeiramente vesga e, na adolescência, tinha tanta acne que a maquiagem não bastava para esconder suas espinhas.

Depois dessa infância infeliz e do ostracismo a que fora relegada, Barbra só pensava em fugir do Brooklyn e seguir carreira.

Desde seus nove anos, ela sofria de tinito, um problema popularmente conhecido como “zumbido no ouvido”, que causa um barulho característico, como um zumbido. Quando pequena, ela apoiava a cabeça numa garrafa de água quente, numa tentativa de diminuir os sintomas. Com o tempo, passou a ver esse problema como um “dom” especial que a tornava profundamente ciente do som, de cada nota, cada instrumento – ainda que aquilo continuasse a atormentá-la.

Já adolescente, gostava de subir no telhado e sonhar em se tornar uma grande estrela. Começou a ter aulas de teatro em Manhattan, onde novamente teve que enfrentar comentários maldosos sobre sua aparência. O dono de uma trupe de teatro chegou a se referir assim acerca dela: “Seu talento é inegável, mas, Céus, como é feia... O que vamos fazer com ela???”

Em 1959, Barbra se diploma no Erasmus High School, onde conheceu o cantor Neil Diamond, seu futuro parceiro musical. Ela era uma aluna excelente e se formou em quarto lugar da turma, com média altíssima e um enorme desejo de ser atriz.

Barbra Streisand não fez faculdade. Mas isso não a impediu de receber títulos honoríficos, posteriormente, da Brandeis University e da Universidade Hebraica de Jerusalém.

Casou-se duas vezes. A primeira delas em 1963, com Elliott Gould, o ator de Mash, judeu, de avós imigrantes vindos da Ucrânia, Polônia e Rússia. Ficaram casados durante oito anos e tiveram um filho, Jason. Ela se casou uma segunda vez, em julho de 1998, com o ator James Brolin, com quem está até hoje.

Temos que admitir que Barbra foi excêntrica... Em 2018, ela chocou muita gente com sua declaração de que suas duas cachorrinhas eram clones criados de células tronco da Samantha, sua cachorrinha de estimação!

Carreira

Em 1960, poucos meses após se formar no colegial, Barbra mudou-se para Manhattan em busca de seu sonho de ser atriz. Apesar dos protestos de sua mãe, ela fez o que desejava, sem ajuda nem incentivo de ninguém.

Pouco depois, venceu um concurso de talentos cantando em um bar pequeno, em Manhattan, quando teve sua primeira oportunidade. Sua apresentação foi um tremendo sucesso, dando início a uma série de apresentações em diferentes bares, sempre mantendo seu público fiel, que a seguia por toda parte.

Fez um teste para conseguir o papel principal no musical da Broadway, I Can Get It for You Wholesale – mas o produtor achou-a muito feia para ser a protagonista. Mas, como cantava muito bem, ele lhe deu um papel cômico, secundário, como Miss Marmelstein. Esse musical estreou na Broadway em 22 de março de 1962.

Essa Miss Marmelstein era a secretária judia de Harry Bogen (principal papel masculino), estrelado por Elliott Gould, que pouco depois seria o primeiro marido de Barbra. Com sua voz e habilidade de comediante, ela conseguiu roubar o show, a despeito de seu pequeno papel. Por essa, que foi sua primeira aparição na Broadway, ela recebeu o Prêmio da New York Drama Critics e uma indicação para o Tony!

Seu début na Broadway lhe proporcionou um contrato com a gravadora Columbia Records, em 1962, e seu primeiro álbum rapidamente foi para o topo das paradas musicais1 americanas.

Era o início do ano 1964 e ela já tinha três álbuns de sucesso. Em 1966, o seu The Barbra Streisand Album já tinha vendido mais de um milhão de cópias, no mundo todo.

Em 1964, Barbra se consagrou como uma importante atriz da Broadway, no papel de uma comediante judia chamada Fanny Brice, no musical Funny Girl. Esse personagem tinha muito a ver com sua própria vida. O enredo contava a transição de Fanny de um patinho feio, na infância, para uma atriz sofisticada e elegante, e contava suas origens judaicas permeadas por uma grande persistência e determinação. Barbra liderou o elenco de Funny Girl durante mais de dois anos, o que lhe valeu sua segunda indicação para o Tony Award. A música People, leit-motif do espetáculo, tornou-se o primeiro disco seu a figurar nos Top 10 Singles.

Em 1965, ganhou dois prêmios Emmy por seus especiais para a televisão intitulados My Name Is Barbra. Sua estreia no cinema foi em 1968, novamente como Fanny Brice, no filme Funny Girl, que lhe valeu um Oscar e um Globo de Ouro como Melhor Atriz. Pouco depois de deixar o Brooklyn ela já estava no topo de sua carreira – como cantora e como atriz – na Broadway, na TV e no cinema.

Barbra já atuou em 16 filmes importantes, três dos quais também dirigidos por ela. Em 1972, fundou sua produtora, a Barwood Films. Em 1976 ela produz Nasce uma Estrela, um sucesso retumbante, que levou seis Globos de Ouro e lhe proporcionou seu segundo single em primeiro lugar nas paradas, com Evergreen.

Ainda que tivesse lido o conto de Isaac Bashevis Singer, Yentl, O Menino da Ieshivá em 1968, logo depois de seu primeiro filme, ela levaria 15 anos até conseguir transformá-lo em filme. Yentl, produzido em 1983, foi seu primeiro trabalho como diretora e com ele, se tornou a primeira mulher a produzir, dirigir, escrever e estrelar um filme de longa-metragem. Este conta uma história sobre uma adolescente que se veste como rapaz para poder estudar em uma ieshivá.

O filme recebeu cinco nomeações ao Oscar, levando o de Melhor Partitura Original, e ganhou os Globos de Ouro como Melhor Diretor e Melhor Longa – Musical ou Comédia. A trilha sonora do filme também ficou no Top 10. Barbra dedicou o filme a “meu pai... e a todos os nossos pais”.

Streisand desempenhou alguns papeis dramáticos, como em O Príncipe das Marés (1991) e O Espelho tem Duas Faces (1996), também dirigidos por ela, sendo que o primeiro recebeu sete nomeações ao Oscar. Seus papeis mais recentes foram nas comédias Entrando numa Fria Maior Ainda (2004), Entrando numa Fria Maior Ainda com a Família (2010), e Minha Mãe é uma Viagem (2012). Seu primeiro livro, como autora e fotógrafa, My Passion For Design (Minha Paixão pelo Design, não traduzido ao português), foi aclamado pela crítica, figurando como o No. 2 na lista dos Mais Vendidos do The New York Times.

Obstinada em sua insistência em ter controle absoluto sobre seus filmes e discos, ela sempre foi tida como uma perfeccionista ao extremo.

Cantora

Ainda que muito admirada como produtora e atriz, Barbra talvez tenha inspirado uma devoção ainda maior entre os fãs como cantora. Apesar de se ter empenhado muito, quando jovem, em desenvolver suas aptidões como atriz, sonhando com o estrelato, ela nunca teve treino algum para ser cantora.

Contudo, consegue arrastar verdadeiras multidões em suas apresentações e seus discos bateram todos os recordes de venda. Barbra é famosa pela vibrante voz de soprano e pelo seu fraseado, cantando baladas românticas ou rock com a mesma facilidade.

Lançou seu primeiro álbum solo em 1963, The Barbra Streisand Album, com o qual arrebatou dois Grammys, por Melhor Desempenho Vocal Feminino e por Melhor Disco do Ano, marcando um começo sensacional do que seria uma carreira brilhante. Na época, era a artista mais jovem a conquistar esse prêmio e, num fechar de olhos, havia-se convertido na sensação do momento.

Desde 1962, a Columbia Records tem sido sua gravadora. Já lançou 71 discos – 53 dos quais levaram o Disco de Ouro e 31, de Platina – tornando-a uma das cantoras mais populares de todos os tempos.

Desde 1960, seus discos estiveram entre os Top 10, década após década. A única outra pessoa a atingir tal feito foi Bob Dylan. Nas paradas musicais de todos os tempos, Barbra vem em 2o lugar, apenas perdendo para Elvis Presley e ultrapassando até os Beatles!

Ela arrebatou 10 Grammys, entre os quais o Prêmio Lenda Viva e o Prêmio pelo Conjunto da Obra, e, em 1977, com o prêmio por Evergreen, tema de Nasce uma Estrela, tornou-se a primeira compositora mulher a levar o Oscar por Melhor Canção.

Barbra prefere cantar para grupos pequenos e raramente se apresenta em público devido a um pavor de palco, que a paralisa – um pavor que a acomete desde que, em 1967, ela esqueceu a letra de uma de suas canções, em um concerto no Central Park, diante de 135 mil pessoas. Após uma ausência de 27 anos, ela retornou aos palcos em um concerto, em 1994, sempre batendo o recorde de ingressos vendidos. Entre suas últimas gravações estão o disco Partners (2014), com duetos com Stevie Wonder, Billy Joel e John Legend. Sua última gravação foi o CD Release Me 2, que saiu ao mercado em 2021.

Seu Judaísmo

Barbra Streisand tem muito orgulho de ser judia, demonstrando-o em todas as ocasiões. Como costuma dizer, “Trago o Judaísmo na alma e no espírito, e sou judia por hereditariedade”.

Em uma entrevista em 1982, ela afirmou: “Sou total e completamente judia, ainda que não seja religiosa. Não faço nada para ferir o outro, intencionalmente. Sinto que sou uma boa pessoa. Sinto que isso é muito judaico. Não há muito apoio aos artistas judeus e à cultura judaica, e eu quero apoiá-los”.

No início de sua carreira as pessoas afirmavam com tom de insulto que ela agia e parecia “muito judia”. Na época, ter a aparência judaica significava ser relegada a papeis de 2ª, de coadjuvantes. Disseram-lhe inúmeras vezes que não havia lugar para ela em Hollywood se não fizesse plástica de nariz. Apesar de brincar com o feitio de seu nariz, ela sempre se recusou a mudar sua aparência.

Apesar das críticas, ela alcançou uma fama impressionante sempre desempenhando personagens judeus, como Fanny Brice em Funny Girl, Yentl no filme homônimo, e como uma psiquiatra judia em Príncipe das Marés. Ela até insistiu em tornar judeus alguns de seus personagens, como em Nasce uma Estrela e em As Duas Faces do Espelho. Ela foi a primeira grande atriz a ter os papeis principais como personagens judias. Sua própria produtora, a Barwood Films (fundada em 1972), produziu filmes para a TV como Histórias de Coragem (1997–1998), série que homenageava não-judeus que salvaram judeus durante o Holocausto.

Barbra Streisand é uma grande apoiadora de Israel, descrevendo o país como “um farol de luz e esperança no mundo” e se apresentou na festa do aniversário de 90 anos do falecido presidente Shimon Peres, em Jerusalém, em 2013. A pedido dele, cantou Avinu Malkeinu – Nosso Pai, Nosso Rei e Peres afirmou que “valeu a pena esperar 90 anos para ouvir uma voz tão celestial”.

Algumas vezes Barbra mencionou sua preocupação com o antissemitismo moderno, dizendo ser um assunto constante em suas anotações para um ensaio biográfico a que se vem dedicando, há alguns anos. Em 2019, em uma entrevista para o The Chicago Tribune, afirmou: “Como judia orgulhosa de minha herança, isso é profundamente preocupante. Não há dúvida de que o antissemitismo é uma das questões mais inquietantes e aterradoras de nossos tempos. Mas esse ódio e raiva já existem há 3.500 anos, revelando-se de diferentes formas ao longo dos milênios, em uma ameaça onipresente. Os judeus sempre foram os bodes expiatórios, injustamente culpados por os males do mundo”.

Convertendo seu Judaísmo em uma metáfora para os excluídos, ela se tornou um exemplo para todos os que se sentem marginalizados e destituídos de poder.

Fundação Streisand

Além de artista excepcionalmente talentosa, Barbra Streisand também se dedica à filantropia. A Fundação Streisand, que ela criou em 1986, ocupa muito de sua energia e recursos.

Ela faz questão de deixar claro que os valores judaicos alimentam grande parte de seu ativismo. E tem sido muito generosa com as causas judaicas e o trabalho filantrópico nos Estados Unidos e em Israel, tendo sido homenageada, várias vezes, por suas generosas contribuições para a comunidade judaica.

No Hospital Cedars-Sinai ela fundou o The Barbra Streisand Women’s Heart Center e colaborou na fundação da Women’s Heart Alliance, ajudando a aumentar a conscientização e as pesquisas sobre os problemas cardíacos em mulheres, principal causa de fatalidades entre elas. Ao responder a uma pergunta sobre a razão para ter fundado esse centro no Hospital Cedars-Sinai, ela mencionou “a grande contribuição do Povo Judeu à Medicina, dando como exemplo o Prof. Jonas Salk”, que desenvolveu a primeira vacina contra a poliomielite.

A fundação que leva seu nome tem abraçado inúmeras causas, destacando-se seu trabalho em prol do meio ambiente, financiando muitas das primeiras pesquisas sobre mudanças climáticas. Há muito, a atriz tem sido uma fiel defensora da igualdade racial, dos direitos humanos, dos direitos civis, entre outras causas importantes.

A Fundação Streisand já doou milhões de dólares a mais de 2.100 organizações sem fins lucrativos. E a atriz, pessoalmente, já doou vários milhões provenientes de seus shows. Ela é uma apoiadora declarada do Partido Democrata e usa seu talento e fama para apoiar e arrecadar fundos para inúmeros candidatos e causas, entre os quais Al Gore, Bill Clinton, Barack Obama e Hillary Clinton. Na inauguração da Presidência de Bill Clinton, Barbra fez uma apoteótica apresentação.

Carreira duradoura

Ela percorreu um longo caminho desde o Brooklyn de sua infância e o início de sua carreira quando removeu um “a” de seu prenome para se tornar “Barbra”. Sua fama e seu sucesso são perenes. Seus discos e suas apresentações continuam a quebrar recordes. E os fãs professam em uníssono seu amor por ela em seus inúmeros fã-clubes, websites e constantes demonstrações entusiasmadas. Nenhum outro artista foi mais bem-sucedido do que ela em tantas áreas distintas. Barbra conseguiu redefinir o estrelato feminino na década de 1960 e 70. Superou tremendas dificuldades e, para as inúmeras pessoas que afirmavam que ela não teria sucesso por não ter a aparência convencional exigida aos artistas, ela demonstrou que estavam redondamente enganados. Desenvolveu seu senso único de estilo e beleza e venceu todos os prêmios importantes no mundo do entretenimento. E continua a bater recordes. Em um mundo de faz-de-conta e aparências, ela triunfou recusando-se a se parecer com todos os demais.

Sua imensa popularidade só se compara com sua franqueza, sempre dizendo o que pensa e defendendo aquilo em que acredita. Ela é um verdadeiro ícone da cultura judaico-americana. A superestrela que tinha a aparência “muito judaica” e tinha modos “muito judeus” para ter sucesso como atriz, brilhou mais intensamente ao expressar seu Judaísmo, sua identidade e seu orgulho judeu em cada passo de seu caminho. Barbra Streisand se tornou uma das mulheres mais poderosas do show-business com uma fama e um sucesso incomparáveis.

Paradas musicais – classificação das músicas de acordo com sua popularidade, durante determinado período.

BIBLIOGRAFIA

Barbra Streisand, artigo publicado no site https://www.biography.com

Barbra Streisand, artigo publicado no site https://jwa.org/encyclopedia

How Streisand turned looking ‘too Jewish’ into stardom, artigo publicado no Times of Israel pela Redação do jornal em 3 de abril de 2016