Muitas pessoas perguntam qual é a essência do Judaísmo. A resposta é que o fundamento do Judaísmo – e, de fato, de qualquer religião – é o princípio de que a existência tem um propósito e o homem e a mulher têm um objetivo na vida. Os seres humanos e o mundo em que habitamos têm significado porque foram criados com um propósito maior por um ser superior a quem chamamos de D’us.
“Tu Te recordas do que foi feito no mundo desde a eternidade e Te recordas de todas as criaturas desde os tempos mais remotos. Diante de Ti são desvendados todos os mistérios e os numerosos segredos desde o começo da Criação; pois não há esquecimento ante o trono de Tua glória, nem há segredo diante de Teus olhos. Tudo é revelado e conhecido por Ti, Eterno nosso D’us… Pois Tu decretaste o momento da recordação para que sejam lembrados toda alma e todo espírito, para que sejam recordadas as múltiplas ações e as inúmeras criaturas de maneira infinita... (Oração de Mussaf em Rosh Hashaná)
O mês judaico de Tishrei é o mais importante do ano. É repleto de dias sagrados judaicos. Os primeiros dois dias do mês são Rosh Hashaná; o 10o, Yom Kipur. No dia 15, começamos a celebrar a festa de Sucot, de sete dias, seguida por Shemini Atzeret e Simchat Torá.
O principal mandamento da festa de Rosh Hashaná, Ano Novo Judaico, é ouvir os toques do Shofar. Trata-se de um mandamento bíblico. Todas as demais leis e costumes de Rosh Hashaná, como as refeições festivas, as maçãs imersas no mel e, mesmo as orações, têm importância secundária. Em Rosh Hashaná, a prioridade para todos os judeus deve ser ouvir os toques do Shofar.
Não é um mero costume, folclore OU superstição servir alimentos de importância simbólica em Rosh Hashaná. Pelo contrário, constitui uma prática imbuída de valor místico, incentivada pelo Talmud e codificada no Shulchan Aruch – o Código de Lei Judaica.
Rabi Lazar dizia: “Três coisas anulam um decreto severo: Tefilá (Oração), Tzedacá (Caridade) e Teshuvá (Arrependimento)” (Talmud Yerushalmi, Taanit 9b).